O Fórum de Diálogo Social Transfronteiriço do setor Indústria 4.0 aposta no trabalho conjunto Galiza – Norte de Portugal para responder aos desafios no mercado de trabalho e na geração de emprego de qualidade

O Fórum de Diálogo Social Transfronteiriço do setor Indústria 4.0 aposta no trabalho conjunto Galiza – Norte de Portugal para responder aos desafios no mercado de trabalho e na geração de emprego de qualidade

A cidade do Porto acolheu o Fórum de Diálogo Social Transfronteiriço do setor da Indústria 4.0 no quadro do projeto GEMCAT (Geração de Emprego de Qualidade Transfronteiriço) liderado pela Xunta de Galicia. Neste fórum reuniram-se as administrações públicas e as organizações empresariais e sindicais mais representativas da Galiza e do Norte de Portugal e foi analisado o impacto no mercado de trabalho da Indústria 4.0.

O fórum serviu como plataforma para expor as conclusões das duas reuniões da Mesa de Diálogo Social Transfronteiriço que se celebraram anteriormente em Santiago de Compostela e em Ponte de Lima.

Neste sentido, acordou-se a necessidade de focalizar a análise do impacto das mudanças tecnológicas nas empresas e também nas próprias pessoas trabalhadoras para facilitar a sua adaptação e garantir a qualidade no emprego.

Por outra parte, os integrantes da Mesa apostaram em potenciar a RSE das empresas no emprego transfronteiriço e em converter a digitalização em uma oportunidade.

As administrações públicas e as organizações empresariais e sindicais coincidiram na necessidade da qualificação das pessoas trabalhadoras, da reelaboração de planos formativos, o traslado da robotização aos ciclos de formação e a criação de postos de trabalho adaptados aos mais jovens.

Também foi destacada a utilidade da negociação coletiva como ferramenta de transformação digital, especialmente na catalogação dos postos de trabalho.

Outra questão a debate foi a estrutura industrial. Neste caso, os integrantes da Mesa destacaram a necessidade de converter a Eurorregião Galiza – Norte de Portugal em um local favorável para a Indústria 4.0.

Para isso as administrações públicas apostaram no desenvolvimento de políticas na defensa do tecido industrial próprio e por compatibilizar as empresas tradicionais com as da Indústria 4.0.

Deve ser destacado que uma das conclusões foi a necessidade da criação de um observatório de mudança tecnológica e mobilidade transfronteiriça, que será o encarregado de antecipar as necessidades e as tendências do emprego do futuro, e os novos perfis profissionais.

Por outra parte, foi estabelecida a necessidade de desenvolver planos de formação conjuntos na Eurorregião. Estes planos vão permitir a adquisição de novas competências que precisam os setores produtivos para tratar os desafios da Indústria 4.0 e promover a geração de emprego de qualidade.